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Terrinhas

Catarina Gomes

  • Edição Julho 2022
  • Colecção Gradiva, Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís
  • ISBN 978-989-785-167-4
  • Páginas 256
  • Capa Brochado/capa mole
  • Dimensões 14,70 x 22,20
€18,00 €16,20
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«A alegria e a comovente ternura na avaliação da vida e da morte, associadas a uma escrita fluida e elegante, dão a este romance um indiscutível alcance literário, que importa valorizar e divulgar», realçou o júri do Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís.

«Terrinhas é um excelente romance que nos conta sobre nós, citadinos ou não citadinos, e que evoca o efeito de espelho que é fundamental quando estamos a ler, é um romance que nos interpela: “e se estivesses no mesmo lugar, o que é que tu terias feito? 

É um romance de regresso ao passado que não é saudosista, é um regresso de compreensão, que é uma coisa muito importante nos dias que correm, em que na ficção começamos a remexer o passado e, a maior parte das vezes, caímos na tentação de ajustar contas e dizer “isto não devia ter sido assim”, “isto foi errado”, “isto foi certo”, quando o esforço devia ser o que é feito neste livro: que é o de compreender.»

Dulce Maria Cardoso

 

Houve um tempo em que a terra era tudo. Ou quase. Hoje, diz-se, vale pouco, quase nada. Muitos são os portugueses com ligações à «terrinha», que de lá saíram mudando o rumo das vidas. E vão regressando, em passagens breves que alimentam memórias, mas pouco adubam raízes. As novas gerações, que não viveram na «terrinha» dos seus ascendentes, terão dela lembranças de superfície.

Este romance, centrado numa mulher tipicamente citadina dessas novas gerações, coloca em confronto o mundo rural e o mundo urbano. E a propósito de batatas, das «nossas», que os pais todos os anos trazem da aldeia de infância, desfia a distância entre o «seu» mundo e esse «outro». Julgando ter a aldeia de Arrô arrumada no passado, uma inesperada herança leva-a a mudar a forma como olha para o pai e a mãe, que lhe pareciam de lá em pequena parcela; a avó, uma quase estranha; o avô, que nunca viu, «morreu cedo». E tanto se altera, por causa de tão poucos metros quadrados!