Contra a Democracia
- Edição Janeiro 2017
- Colecção
- ISBN 978-989-616-762-2
- Páginas 384
- Dimensões 0 x 0
Leia aqui e entrevista com o autor.
Nenhum modelo político deve ser sacralizado, por nenhum ser perfeito e não serem imutáveis as circunstâncias em que algum deles se tenha revelado como o menos mau.
A edição deste livro é um contributo para as pessoas livres, que o queiram continuar a ser, debaterem as disfunções crescentes que cada vez mais visivelmente estão a impedir a democracia de realizar alguns dos seus mais importantes ideais. É também um desafio para os que visam aperfeiçoar o seu funcionamento de modo a realizar os seus objectivos essenciais: a liberdade, o progresso social, a dignidade, o desenvolvimento humano.
A maioria das pessoas acredita que a democracia é a única forma justa de governo. Crê que todos temos direito a uma quota igual de poder político. E também que a solução de participação política "um homem um voto" é boa para nós – dá-nos poder, ajuda-nos a conseguir o que queremos e tende a tornar-nos mais inteligentes, virtuosos e atentos uns aos outros.
Mas Brennan considera que estão erradas, argumentando que a democracia deveria ser julgada pelos seus resultados, apresentando abundantes dados empíricos de que não são bons o suficiente.
Tal como os acusados têm direito a um julgamento justo, os cidadãos têm direito a um governo competente. Mas a democracia é com frequência o domínio do ignorante e do irracional, ficando demasiadas vezes aquém do que se espera. Além disso, uma enorme diversidade de pesquisa em ciências sociais mostra que a participação política e a deliberação democrática parecem tender cada vez mais frequentemente a tornar as pessoas piores – mais irracionais, tendenciosas e más. Considerando esse quadro sombrio, Brennan argumenta que um diferente sistema de governo – a epistocracia, ou governo dos sábios – pode ser melhor do que a democracia, e que é tempo de reflectir seriamente sobre isso.
Longe de se tratar de uma diatribe panfletária, esta é uma relevante obra de filosofia política em que se discute, de forma intelectualmente honesta, cada um dos melhores argumentos a favor da democracia. O resultado é uma crítica séria e uma defesa contemporânea do governo de quem mais sabe, com a resposta aos problemas práticos que tal solução possa levantar.
Uma leitura essencial não apenas para os estudiosos de filosofia e de ciência política, mas também para todos os que consideram que a democracia merece ser discutida, independentemente do que se possa pensar dela, incluindo os que visam aprofundá-la.»
Jason Brennan é uma maravilha: um filósofo brilhante que estuda escrupulosamente os factos antes de moralizar. Em Contra a Democracia, o seu método elegante leva à conclusão inesperada de que a participação democrática impele os seres humanos a esquecer o senso comum e a decência comum. Votar não nos enobrece; testa a virtude dos melhores, e apresenta o pior nos restantes.
Bryan Caplan, autor de The Myth of the Rational Voter
A grande tentação da filosofia política é sacralizar a política, e precisamos urgentemente de um trabalho que nos ensine a não sucumbir. Neste livro valioso e revigorante, Jason Brennan desafia devoções confortáveis e desacredita mitos familiares sobre a vida política em geral e o regime democrático em particular. Prevejo que a maioria dos leitores encontre muita coisa com que discordar – eu certamente encontro –, mas também que a maioria considere os argumentos de Brennan inquietantemente difíceis de resistir com certeza.
Jacob T. Levy, Universidade McGill
Contra a Democracia apresenta um conjunto útil de desafios tanto para a sabedoria convencional como para as tendências dominantes na filosofia política e na teoria política, particularmente na teoria democrática. Escrito de forma cativante, incentiva uma leitura activa e divertida.
Alexander Guerrero, Universidade da Pensilvânia