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O Amor e o Escárnio

Dario Fo

  • Edição Janeiro 2008
  • Colecção Gradiva
  • ISBN 978-989-616-249-8
  • Páginas 144
  • Dimensões 0 x 0
€5,00

Hereges, fanfarrões, transgressores involuntários, mas também santos e anjos: são estas as personagens que povoam os contos de Dario Fo, vozes irreverentes que compõem os acontecimentos de uma «outra» História. Mainfreda, da família dos Viscondes de Milão, será declarada herege, no século XIII, por razões que hoje revoltam. Não herege, mas, ainda assim, transgressora em nome do amor, Heloísa, reclusa num convento de Argenteuil, narra o seu encontro com Abelardo, os estudos e a paixão loucos de ambos, e a terrível punição que tocará em sorte ao amado.

Transgressores e provocadores foram, antes dos mais, os autores cómicos da antiga Grécia, de Aristófanes a Luciano de Samotrácia, e é nos textos destes, e não naqueles da história oficial - e oficialmente expurgada -, que Dario Fo procura a verdade da civilização clássica, à qual não poderíamos aceder de outro modo: palavras de dramas longínquos mas que ainda nos dizem algo sobre a tirania e a falsa democracia, a sua mistificação e a nossa ignorância.

Transgressores, por acaso ou vocação, são todos os protagonistas destas histórias, capazes de gestos grandiosos e de uma hilaridade contagiante, como o «comunista utópico» Qu ou a domadora de leões e o seu marido Alan: histórias da História que Dario Fo narra e recria com a sua voz única.