A Primeira República
Na fronteira do liberalismo e da democracia
- Edição Janeiro 2016
- Colecção
- ISBN 978-989-616-729-5
- Páginas 224
- Dimensões 0 x 0
Mais de um século decorrido sobre o início da Primeira República e este período da história recente do país continua a suscitar forte interesse. A instabilidade governamental e a violência na rua não impediram o êxito de reformas decisivas na educação, na cultura, nas relações laborais, no estatuto da mulher e na relação entre o Estado e a população. Contudo, a mudança não foi isenta de dificuldades. Nunca é. Esta obra é uma síntese desse período e uma porta aberta para perceber as décadas que se seguiram. Permite a um público não especializado aceder a uma interpretação actualizada dos principais problemas desta época, e, desse modo, contribui para entender o presente. A não perder, portanto.
A Primeira República é uma época que surpreende pelos contrastes paradoxais.
A cidadania limitada à população masculina e alfabetizada coexistiu com uma vigorosa intervenção cívica extraparlamentar. A instabilidade governamental e a violência na rua não impediram o êxito de decisivas reformas na educação, na cultura, nas relações laborais, no estatuto da mulher e na relação entre o Estado e a população. O crescimento económico, embora moderado, permitiu a recuperação da crise finissecular oitocentista e beneficiou da retoma internacional dos anos 20. Recuperou-se o equilíbrio financeiro. A consolidação do espaço colonial foi alcançada, aqui a quase totalidade da população africana foi excluída da cidadania, em consonância com as outras colónias europeias. A vontade de mudança esbarrou com frequência crescente no conservadorismo e o desfecho desse confronto violento foi dramático. Seguiram-se várias décadas de regressão educativa, cultural, social, cívica e política. Como se explica esta evolução? Nesta síntese atualizada encontrará a resposta.
O objectivo deste livro é proporcionar essa visão sintética que permita a um público não especializado o acesso a uma interpretação actualizada dos principais problemas desta época.
«Com A Primeira República, Miriam Halpern Pereira escreveu a sua obra prima. Esperemos que reincida com uma obra de síntese sobre o nosso liberalismo monárquico.»
Luís Salgado de Matos