O Nomear e a Necessidade
- Edição Janeiro 2012
- Colecção
- ISBN 978-989-616-509-3
- Páginas 252
- Dimensões 0 x 0
Considerado um dos mais importantes livros de filosofia dos últimos 50 anos, agora na (rigorosa) tradução portuguesa que urgia.
« [...] quando estas palestras foram publicadas pela primeira vez [...] todos ficaram furiosos ou exaltados ou simplesmente perplexos. Ninguém ficou indiferente. Esta bem-vinda republicação num volume separado (com um novo e útil prefácio, mas sem alterações substanciais) oferece-nos a oportunidade de voltar a olhar para um clássico moderno e de dizer algo sobre as razões por que foi considerado tão chocante e libertador.»
RICHARD RORTY, London Review of Books
« [...] brilhante e muito influente [...] impõe-se como uma obra de filosofia impressionante e duradoura, distinguindo-se pela sua abrangência, clareza e profundidade.»
COLIN 16,00McGINN, Times Higher Education Supplement
«À distância de quarenta anos, parece-me seguro dizer que O Nomear e a Necessidade tem lugar reservado entre as principais obras da filosofia do século XX.»
RICARDO SANTOS, in Introdução à tradução portuguesa
Este clássico da filosofia contemporânea está, há muito, traduzido para praticamente todas as línguas ditas cultas. Com esta tradução, os leitores de língua portuguesa passam também a ter acesso a uma obra cuja influência filosófica não tem parado de crescer. A presente tradução obedeceu a elevados critérios de rigor científico e académico, sendo acompanhada por uma útil introdução do Prof. Ricardo Santos (Universidade de Évora), que visa orientar o leitor menos familiarizado com esta obra seminal na discussão das principais ideias aí contidas, contextualizando-as filosoficamente e apontando algumas das suas principais implicações. O Nomear e a Necessidade destina-se a todos os leitores, estudiosos ou não, que valorizam o conhecimento dos grandes clássicos da filosofia.
O Nomear e a Necessidade é constituído por um conjunto de três palestras, proferidas sem qualquer suporte escrito, no início de 1970 na Universidade de Princeton, quando Saul A. Kripke tinha apenas 29 anos. A sua publicação em livro ocorreu alguns anos mais tarde, com base na gravação então realizada, e para a qual o autor acabou por escrever um prefácio. Entretanto, o impacto dessas palestras na discussão filosófica subsequente era já bastante notório, sobretudo nos domínios da metafísica e da filosofia da linguagem, trazendo também contributos importantes para a filosofia da mente, para a filosofia da ciência e até, embora mais indirectamente, para a epistemologia. É, de resto, consensual que O Nomear e a Necessidade está na origem da reabilitação contemporânea da metafísica que, além disso, deu uma nova direcção à filosofia da linguagem. No domínio da metafísica, Kripke desafia velhas, e aparentemente insuspeitas, ideias herdadas de Kant (como as ideias de que todas as verdades a priori são necessárias e de que todas as verdades a posteriori são contingentes), ao mesmo tempo que recupera algumas teses aristotélicas, sustentadas por novos e poderosos argumentos. No domínio da filosofia da linguagem, Kripke apresenta argumentos, por muitos considerados decisivos, contra as teorias descritivistas do significado e da referência dos nomes próprios com origem em Frege e Russell.
«O melhor de tudo acerca de Saul [Kripke] é que ele nunca confunde uma questão filosófica real com um problema meramente técnico.»
PAUL BOGHOSSIAN (Universidade de Nova Iorque)
«A obra de Kripke contribuiu enormemente para o declínio da filosofia da linguagem comum e escolas afins, as quais sustentavam que a filosofia era nada mais do que a análise lógica da linguagem.»
ENCICLOPÉDIA BRITÂNICA