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Jardins de Cristais

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Jardins de Cristais

Química e Literatura

Sérgio Paulo J. Rodrigues

  • Edição Janeiro 2014
  • Colecção Ciência Aberta, Plano Nacional de Leitura
  • ISBN 978-989-616-594-9
  • Páginas 276
  • Dimensões 0 x 0
€14,50 €8,70
Indisponível

Encontram-se aspectos de química em quase todos os textos literários? Sérgio Rodrigues acredita que sim e, neste livro, mergulha numa multidão de autores, que, como diz João Lobo Antunes no prefácio, «o sábio Mendeleev não conseguiria encaixar em qualquer tabela», e convoca-os para convencer os leitores dessa ideia aparentemente estranha.

 

 

Com a ajuda deste livro poderemos procurar indícios na literatura de que a química ajudou a salvar as baleias e tem contribuído para um mundo melhor. Num mundo dependente da química, mas que parece condená-la à invisibilidade, podemos ir de Homero e da Bíblia a Karl Marx e Ian McEwan, passando por Camões, Camilo Castelo Branco, Victor Hugo, Fiodor Dostoiévski, Miguel Torga e muitos, muitos outros, todos eles ligados pela química.

 

 

Alquimia, venenos, drogas e explosões? Sim, este livro também fala desses clássicos: química infernal, filhas de mães loucas e demónios em garrafas verdes. Mas o que procura sobretudo mostrar são as pérolas escondidas que documentam a presença da química numa chama que Novalis dizia ser molhada, numa calma manhã de Verão, num amor trágico, num sonho perdido ou na falta de um medicamento ainda não inventado.


Que leitura afinal fiz deste livro? Eu diria que ele é uma antologia encadeada sem ordem, não arrumando por estilo ou por tema, mas apresentando de forma simples, sem falsa ou intimidativa erudição, exemplos de livros em que abundam, incrustadas, pérolas da química. Mas também, valendo‑se o autor da ciência que pratica, apontar a omnipresença da química na vida quotidiana, para o bem e para o mal.

Nesta jornada vamos encontrar «clássicos» e cien­tistas, autores de «best‑sellers» de aeroporto e poetas, filósofos «puros» e filósofos «políticos», enfim, uma multidão que o sábio Mendeleev não conseguiria en­caixar em qualquer tabela sistemática. Assim saudamos quem vem à boca de cena: Camilo, Marx, Goethe, Bellow, Eliot, Pauling, Homero, Whitman, Huxley, Nemésio e Gedeão (o outro Rómulo), e tantos outros.

 

 

João Lobo Antunes